domingo, 23 de setembro de 2012

Vovó Manuela e o Quinta da Manuela 2001

Seguidores de Baco,

Agora sim posso postar sobre um vinho português que realmente superou minhas expectativas.... nada como aumentar o patamar de preço.... pois é, nessa última quinta-feira tive o prazer de provar o Quinta da Manuela 2001 Douro... foi a safra mais antiga que cheguei a provar ... o vinho é extremamente bem elaborado somente de vinhas velhas que estão nas mãos da família de Jorge Serôdio Borges desde 1800 e segundo Thiago Emery, representante no nordeste da Adega Alentejana, com mais de 30 castas em sua composição.
O vinho mostrou-se fresco e redondo .... mas  com um enorme potencial de guarda. Uma curiosidade é que o vinho até hoje é produzido de forma tradicional, sendo pisado a pé em lagares de granito.
Logo quando provei o vinho veio a minha cabeça a imagem de minha querida avó... Dona Manuela, também portuguesa.... e logo pensei que sim, este seria um vinho fácil de amar como é fácil o amor que tenho pela mesma....paixões particulares a parte, o vinho é fenomenal e merece imenso respeito ... vou agora sugerir ao amigo Thiago a garota propaganda: Dona Manuela... e tenho até o slogan: Aqui se envelhece bem!!!! ... pois é... Dona Manuela já está pertinho da idade das vinhas e sobe escadas como ninguém...

   


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Os elegantes franceses....

Seguidores de Baco...

Já falei aqui sobre meu preconceito quanto aos vinhos franceses.... pura ignorância.... não ignorância teórica, pois estou cansado de ler e estudar sobre os maravilhosos franceses.... mas por experiência própria digo que a maioria dos vinhos acessíveis ... quando digo acessíveis,  falo de até o valor de 100 pilas ... não chegam a mostrar o que realmente são. Ou seja.... minha ignorância é prática pois pouco experimentei de vinhos dignos franceses.... mas de uns anos para cá tenho tido acesso a essas maravilhas e minha opinião mudou completamente.

Digo hoje que os vinhos franceses são os mais complexos e exuberantes que já experimentei em toda minha vida... são vinhos que despertam uma primeira, segunda e até terceira impressão tanto olfativa como  gustativa.

Para isso não precisei ir tão longe... não degustei os premier cru de Bordeaux e nem da Borgonha .... mas tive o prazer de provar um Chablis Grand Cru William Fevre 2007 que se mostrou extremamente leve, mas com uma persistência metálica no paladar muito equilibrada, com acidez exuberante... a melhor companhia para peixes brancos e ostras....



Em outra oportunidade provei o Château Lanlande-Borie 2006 .... Para quem não está familiarizado com Bordeaux, esta é a região de onde vem os grandes  Premier Grand Cru juntamente com seus preços estratosféricos.... por outro lado temos uma imensidão de produtores menores que fazem vinhos deliciosos que nos custam na Europa na faixa de seus 30 euros.... Esse vinho se encontra no topo dos vinhos dos pequenos produtores.... Não se compara com os vinhos baratos franceses.... pelo contrário... No início pensamos que se trata de um vinho desequilibrado... mas com um tempo de descanso vimos que merece aplausos... um vinho equilibrado e elegante.... muito saboroso e estruturado.... daí começa minha verdadeira paixão pelos vinhos de Bordeaux.... nesse caso da região de Saint Julien.....


Depois dessa maravilha pude provar o Château Maucaillou 2005 Moulis en Médoc.... pois é... tinha achado que tinha me apaixonado.... mas esse vinho me deu um tapa na cara e me jogou na parede...para tudo!!!!!.... bebi cada centavo desse vinho como se fosse o melhor néctar do mundo.... complexo... com sabores secundários, terciários e por ai vai.... em cada gole uma emoção diferente e surgiu a  grande, mas inerte vontade  de que aquela garrafa não acabasse... a partir desse momento meu coração foi tirado de Portugal e vi o porque de tanto frenesi quanto aos vinhos franceses ... meu pai como bom português que é,  nesse momento mostrou-se indignado e ao mesmo tempo apaixonado.... será que os vinhos franceses são mesmo melhores que os da terrinha? Rapaz ... comprei a tarefa tão difícil.... e jajá partiremos para tamanha discussão....


Até a próxima garrafa...


terça-feira, 26 de junho de 2012

"Rothschiiiiiiiilllld" e não "Rothschailddddde''' !!!!!!!

Seguidores de Baco,


Hoje vou falar um pouquinho para aqueles que como eu acreditam que vinho é uma bebida viva, não só uma garrafa com um punhado de líquido dentro, mas sim uma fonte de alegria, filosofia e história. Lembrem-se sempre dos vinhos comerciais de baixo valor que muitos de nós bebemos no dia a dia... eles também fazem a história... mas olhemos além... olhemos para vinhos feitos com alma,conhecimento e dedicação.
Os Rothschild representam muito bem isso que lhes falo... uma família que surgiu do nada e fez de seu nome um ícone de riqueza, influência, amor e expertise a tudo que se dedicam. Nome esse que ao contrário do que a maioria pensa não se pronuncia "Rothschaaiiiilllld" e sim "Rothschild" já que vem do alemão e significa "escudo vermelho". É certo que o grande negócio dessa família nunca foi vinho, mas sim os bancos, transações e negociações... sempre com muita influência pelo mundo.
Mas os Rothschild também desenvolveram ao longo dos anos além do grande tino comercial... um extremo bom gosto pelas artes e pelo vinho.
Ao longo dos anos os Rothschild se dividem em dois ramos familiares principais: Francês e Inglês. Esses dois ramos se interessaram pela produção de vinhos o primeiro ficou com o Château Lafite - Premier Grand Cru de Bordeaux, com Edmond no leme e um verdadeiro midas no mundo dos negócios, logo Edmond viu que seria possível ganhar dinheiro com vinho e investiu no novo Chateau Clarke que produziria um vinho honesto para a classe média e dispensaria considerável atenção ao marketing. Quase de imediato conquistou o grosso de suas vendas no exterior, mais tarde atravessou o atlântico e juntou-se a Robert Mondavi casando "técnicas clássicas de Bordeaux com a alta tecnologia da Califórina", desse casamento surgiu o também famoso "Opus One".
O ramo inglês comandado por Nathaniel tem o bom senso de comprar o Château Mouton, que inicialmente pertencia a categoria de Second Cru, mas posteriormente tornou-se um Premier Grand Cru... não se sabe se por influências políticas, mas de qualquer modo é um vinho magnífico. Nathaniel também criou um vinho honesto e acessível o Mouton~Cadet.

Esse é uma breve introdução do que se pode tirar desse livro magnífico "A Dinastia Rothschild", que conta a magnífica história da família ao longo de dois séculos.

Uma grande dica para quem gosta de história e vinhos.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O vinho de Montisquieu!!!!!!!




Seguidores de Baco,

Pois é todo o mundo da muito valor a classificação dos GRAND CRU dos vinhos do Médoc de 1855.
Mas poucos sabem dos GRAND CRU DE GRAVES que é a única classificação que se aplica tanto aos brancos quanto aos tintos e é considerada a nata de GRAVES. AOC Pessac~Léognan.

"O Chateau Latour ~ Martillac deve seu nome a torre que decora a propriedade, vestígio de uma fortificação construída em Martillac no século XII pelos ancestrais do filósofo e vinicultor Montesquieu.
O rótulo é o mesmo desde 1834. Esta safra foi escolhida pela Wine and Spirit Benevolente Society de Londres para ser servido no banquete de coroação do rei GeorgeVI, em 1836 no Palácio de Bunckingham.
Chateau Latour~Martillac se afirma cada vez mais nos terrenos dos grandes de apelação, mesmo sem nunca ter sido pequeno, pois é uma das seis propriedades de Bordeaux classificados Grand Cru, tanto nos tintos quanto nos brancos, mas se consolida como um ícone de Graves." 

Tive o prazer de ser presenteado com a safra 2006 de um vinho com tanta história... segundo o produtor o vinho estará em seu melhor por volta de 2020, tendo de ser decantado por 4h.

Resolvi seguir parcialmente o conselho e irei guardá-lo por alguns anos ... mas provavelmente não até 2020 hehehhe.

Como vou ficar devendo a prova do vinho coloco aqui a ficha técnica do mesmo:

  LATOUR MARTILLAC Rouge 2006  

Technique :  
  
Vendanges: du 13 septembre au 6 octobre 
  Mise en bouteilles : juin 2008 
  Barriques: 30 à 50 % neuves 
Durée d'Elevage:  16 à 20 mois  
  
Assemblage :   

54 % Cabernet Sauvignon     42% Merlot     4% Petit Verdot 
  
MétéoUn hiver long et un printemps favorable ont aidé une floraison rapide, annonçant des fruits 
homogènes. La sécheresse de Juillet, de même que le froid relatif du mois d’août, n’ont fait que ralentir la maturité des différents cépages, favorisant une riche constitution des raisins. 
En Septembre et Octobre, les vendanges se sont déroulées aux dates habituelles, et dans de bonnes 
conditions climatiques. Les températures du mois d’août ont permis la construction de beaux tannins. Par la suite, l’été indien a permis une maturité optimale des différents cépages. Les derniers jours de septembre ont été en particulier favorables au cépage Cabernet Sauvignon qui constitue la solide colonne vertébrale de ce 
millésime. 
Commentaire: A la mise en bouteille, les arômes de fruits rouges et d’épices sont bien développés. Ses tannins murs, ronds et bien construits laissent place à une finale longue. Grâce à cet équilibre, 2006 dispose d’un excellent potentiel de garde.         





sábado, 16 de junho de 2012

Licínio Dias - Ramos Pinto por João Nicolau de Almeida

Seguidores de Baco,

Tive o prazer nessa última segunda-feira de participar da degustação guiada da Ramos Pinto na Casa dos Frios das Graças.



A mesma não poderia ter sido melhor, já que foi guiada pelo enólogo João Nicolau de Almeida, filho de Fernando Nicolau de Almeida criador do mítico Barca Velha , enólogo da velha guarda com formação em Bordeaux, um dos responsáveis pela modernização do DOURO e por seus vinhos tais como conhecemos hoje. De fala mansa e ao mesmo tempo segura, João Nicolau apresentou e falou um pouco de seus vinhos, que diga-se de passagem são excelentes, desde o conhecido Duas Quintas que é o vinho mais simples da casa até o Duas Quintas Reserva Especial.

Vinhos degustados:

Duas Quintas Reserva Branco 2009 - Viosinho, Rabigato e Arinto.


Duas Quintas Tinto 2008 - Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional.


Collection DOC 2007 - Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Barroca.


Duas Quintas Reserva Tinto 2006 - Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Barroca


Duas Quintas Reserva Especial 2008 - Castas Misturadas de Vinhas Velhas.


Adriano Reserva - Tinta Roriz, Tinta Cão e Touriga Franca.


Para mim a grande e boa surpresa da noite foi o Collection Douro 2007 que é um vinho português com certeza, porém com alma, vida e finesse francesa. Muito elegante e sedoso.

E finalmente o Duas Quintas Reserva Especial 2004, um vinho intenso em retrogosto, persistência e taninos polidos que podem ser muito bem apreciados agora ou esperar mais alguns bons anos, pois é um vinho com grande estrutura. Por fim o que mais me chamou a atenção nesse grande vinho foi um final finamente adocicado mas sem ser enjoativo... sensação incrível na boca.

Para Finalizar vejam o vídeo com as palavras de João Nicolau sobre a fermentação dos vinhos tintos em baixa temperatura e o quanto os vinhos do Douro ganharam com isso.



João Marcos Bueno Afonso de Barros Santos.













quinta-feira, 31 de maio de 2012

Prova dos Vinhos do Vale do São Francisco

Seguidores de Baco,

Tivemos na sexta-feira (25/05)  no restaurante o Pátio Café a degustação e avaliação dos vinhos do Vale do São Francisco, organizada pela jornalista Mariana Lobo contando com a presença de alguns conhecedores e enófilos, entre os quais eu estava presente.



A prova dos vinhos foi às cegas, o que proporciona uma real avaliação dos vinhos, já que não somos influenciados pela marca, valores e etc...


Primeiro avaliamos espumantes da uva moscatel do qual saiu vitorioso o Rio Sol que mostrou muita elegância, doce e acidez na medida certa, muita vivacidade... a cara do Vale.



Na segunda etapa avaliamos os vinhos tintos do Vale... Ficando em primeiro lugar o Testardi Syrah da Miolo,  em segundo o Paralelo 8 da Rio Sol e em terceiro o 1501 da Botticelli.
Esses vinhos mostraram muito bom equilíbrio e vivacidade, mostrando que o Vale do São Francisco já está a produzir vinhos de qualidade.



Depoimentos dos Especialistas:



 
Essa avaliação faz parte do especial do jornal Diário de Pernambuco intitulado: Vinhos do Sertão.

Segue o link para conferir a matéria completa: http://www.dpnet.com.br/gastronomia/especiais/2012/vinicolas/index.shtml

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A elegância do Rioja Reserva

Seguidores de Baco,

Acho que todo apreciador de vinhos passa por essa fase após ter provado um bom bocado deles . A fase que aqui vos falo é aquela em que procuramos nas garrafas não só potência, muita fruta e muita madeira.... Mas sim a elegância...
Elegância essa que se mostra através dos vinhos pela complexidade de aromas e sabores, a capacidade de nos mostrar em cada gole ou cheiro uma sensação diferente, mas extremamente equilibrada.

Você poderia rebater dizendo que para se tomar esses vinhos você teria de desembolsar somas exorbitantes para adquirir os Grand Cru franceses, por exemplo, mas digo-lhes que não ... é possível provar disso através dos maravilhosos reservas de Rioja.

O escolhido para prova foi o Marqués de Riscal Reserva 2006... Um vinho complexo, vivo e elegante... No meu ver se encontra no auge ou talvez dure mais uns dois anos, mas não mais que isso.






No olho mostra um halo de evolução já indo para o acastanhado.
No nariz fruta preta madura e um tostado, balsâmico e especiarias.
Na boca mostra taninos domados, muito equilíbrio com sabor intenso e excelente persistência.

Enfim um grande e elegante vinho.



terça-feira, 1 de maio de 2012

Herdade do Portocarro - José da Mota Capitão

Seguidores de Baco,

Continuando minha grande e eterna fase portuguesa, hoje vou falar de um vinho que já havia provado e não sei  a razão pela qual ainda não havia falado do mesmo. Desculpem-me a displicência, mas irei redimir-me agora.
Pois é, trata-se de um dos vinhos Portugueses mais interessantes e mais apaixonantes que experimentei nos últimos tempos, juntamente com o Cavalo Maluco do qual já escrevi um post neste mesmo blog.
A Herdade do Portocarro localiza-se no Torrão, cravada no Alentejo embora que formalmente esteja no distrito de Setúbal. Lá iniciou-se um novo projeto no ano de 2002 com José da Mota Capitão no leme, responsável pela escolha das sete castas usadas em seus vinhos: Aragonês, Alfrocheiro, Touriga Franca, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon , Petit Verdot, além de uma grande surpresa a  italiana Sangiovese.
Da combinação destas castas surgem os três vinhos oferecidos pela casa: Portocarro, Cavalo Maluco e Anima. Mas, nesse post vamos falar do vinho mais acessível da casa: o Portocarro, feito de um corte das uvas Aragonês, Alfrocheiro e Cabernet. Vinho este já surpreendente, mostrando sensibilidade, potência e um nível de sedução incrível. Encorpado e macio... sedoso... com notas de frutas negras misturadas a especiarias vindas do estágio de um ano em carvalho francês. Não é de se surpreender que atrás desse grande vinho estivesse um grande enólogo do qual já sou fã de carteirinha: Paulo Laureano.

Vinhão!!!

O vinho mais elaborado da casa já mereceu um post : Cavalo Maluco. Vem arrancando suspiros de quem o experimenta.


E por final fico a dever a prova do Anima que já ganhou a alcunha de o mais belo CHIANTI português.



sábado, 28 de abril de 2012

Quinta do Cabriz Reserva 2008

Seguidores de Baco,

O vinho de hoje é mais um Reserva Português... O Quinta do Cabriz Reserva 2008 . Produzido pela Global Wines/Dão Sul, mesma produtora do Quinta do Cabriz que já é um vinho equilibrado e honesto. A Global Wines/Dão Sul possui também um projeto no Vale do São Francisco com os vinhos da Rio Sol. Esse produtor tornou-se uma grande referência na melhoria de qualidade dos vinhos do Dão e isso está plenamente representado no Quinta do Cabriz Reserva.

O vinho é um corte das castas Alfrocheiro (uma das melhores castas tintas do Dão) , Touriga Nacional( uma das castas portuguesas mais conhecida e elogiada) e Tinta Roriz ( a conhecida Tempranillo).


Uma das coisas que mais tem me chamado a atenção é a real disparidade de qualidade entre os vinhos de combate portugueses e os vinhos denominados Reserva. É real a diferença que se nota entre os vinhos e vale a diferença que se paga.  Isso que estou falando é facilmente notado em três vinhos: Rapariga da Quinta, Quinta do Cabriz e Tapada do Fidalgo. Faça as comparações entre os vinhos de combate e os Reserva e veja você mesmo a enorme diferença.

Avaliação do Vinho:

Na Boca: Encorpado, enche a boca. Boa acidez, taninos educados, muita fruta, com um toque mentolado no finalzinho e sem amargor.
No Nariz: Complexo - morango, cereja, um pouco de madeira e café torrado.
No Olho: Curtas, mas numerosas lágrimas. Rubi intenso.

Muito bom / Excelente... Está em boa forma, mas acho que mais uns anos em adega só iriam somar.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Como hoje é quinta ... Rapariga da Quinta!!!

Seguidores de Baco,



Como hoje é quinta ... Rapariga da Quinta!!! Tá bom, eu sei que quinta na terrinha não se refere ao dia da semana, mas sim a uma propriedade agrícola que corresponde ao que aqui chamamos de sítio e também que rapariga significa menina... moça, mas o trocadilho foi legal vai!!!! Momento de grande inspiração hehehehe.

O vinho escolhido para provarmos juntos hoje foi o Rapariga da Quinta Reserva 2009 da região do Alentejo. Feito com Alicante Bouschet (Casta originária da França, surgida do cruzamento entre a Petit Bouschet e a Grenache que foi prontamente adotada pela região do Alentejo desde 1900), Aragonez e Touriga nacional. Um trio muito feliz, que neste vinho demonstra todo seu potencial e o cuidado que o renomado enólogo Luís Duarte tem com seus vinhos.
Não é para menos já que as safras de 2008 e 2009 ganhou 94 pts da Wine Spectator.

Avaliação:

Na Boca: Encorpado, boa acidez e taninos equilibrados. Terroso, cereja em compota... alcaçuz. Excelente persistência.
No Nariz:  Bastante complexo. Terra molhada, baunilha, couro, cereja em compota, alcaçuz... Formidável!
No Olho: Lágrimas curtas, mas persistentes. De um púrpura intenso.

Um vinho excelente.





quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Polêmica da Salvaguarda dos Vinhos Brasileiros

Seguidores de Baco,

Venho através desta, tratar de um assunto bastante em voga na atualidade do mundo dos vinhos: a salvaguarda dos vinhos brasileiros. Mas, primeiro, vamos entender do que se trata.



O que seria a salvaguarda?
Um grupo de produtores gaúchos recorreu ao governo federal solicitando a salvaguarda do vinho nacional. Esse grupo de vitivinicultores alega que é impossível competir com os vinhos estrangeiros devido às facilidades que eles possuem para entrar no país e solicitam a implantação de cotas mínimas de importação por país, ou seja, a limitação da entrada dos vinhos estrangeiros.

Fatores atuais do mercado
Segundo reportagem da Folha de São Paulo publicada no dia 28/03, a tributação média dos vinhos brasileiros é de 54,73% e a do vinho importado fica em 74,7% com exceção dos vinhos do Mercosul que são parecidas com a dos vinhos nacionais. O Panorama atual mostra que cerca de 50% do mercado nacional de vinhos finos é tomado pelos vinhos do Mercosul, enquanto o Brasil possui uma parcela de 20% e os demais países o percentual restante. Algumas vinícolas já se posicionaram contra a salvaguarda como a Salton, Cave Geisse, Adolfo Lona e a vinícola Angheben. Em recente visita ao vale do São Francisco também tive o prazer de conhecer o diretor da vinícola Rio Sol, o animado João Santos, que também se mostrou contra as medidas de salvaguarda, mas a favor da diminuição dos tributos sobre os vinhos nacionais e criação de incentivo aos produtores. Além disso muitos restaurantes também vêm abolindo os vinhos nacionais de suas cartas. A verdade é que dos 91,9 milhões de vinhos finos comercializados no país em 2011, apenas 21,2% eram nacionais e desde de 2005 a média de comercialização do vinho brasileiro anda estacionada. Se essa tendência continuar corremos o sério risco de acabarmos com o vinho fino nacional.

E qual seria a solução?
Em minha humilde opinião como interessado em tudo que rodeia o mundo dos vinhos, acho a medida de salvaguarda uma solução simplista e imediatista que não irá resolver o problema da vitivinicultura nacional e sim proporcionar um momento de descanso e comodismo para alguns poucos produtores dominantes do nosso vinho. A medida da salvaguarda fere minha visão de liberdade já que poda de alguma maneira o nosso poder de escolha de apreciar o vinho que quisermos. O Brasil e, infelizmente, nós brasileiros temos o terrível costume de maquiar nossas deficiências e de transferir a culpa. Para mim existem medidas que, se implantadas, seriam muito mais eficientes na ajuda ao mercado de vinhos nacionais.
Tais como:
Primeiro ponto nosso país tributa os vinhos como supérfluo ao contrário de países europeus que os tributam como alimento, fazendo assim com que os impostos caiam e que o custo de produção e comercialização sejam reduzidos. Acho que esse seria o primeiro grande ponto.
O segundo ponto seria termos consciência de que temos que investir no que fazemos de melhor como espumantes e algumas variedades de tintos e brancos deixando de insistir em tudo que aparece e atirando para todos os lados. O vinho brasileiro aumentou os investimentos na qualidade de produção e pesquisas e isso é notadamente visto em nossos espumantes que vêm ganhando destaque internacional.
O terceiro ponto que vejo extremamente necessário é um maior investimento em divulgação e abordagem do vinho brasileiro que atualmente se encontra perdida. O vinho não se faz somente na vinícola, existe todo um trabalho que deve ser feito na divulgação, distribuição e diretamente no ponto de venda... o vinho nessa segunda etapa deve ser melhor trabalhado.

Enfim, sou a favor do amadurecimento da vitivinicultura nacional e fã de alguns vinhos e espumantes da mesma, mas acho que a medida de salvaguarda inconcebível. Fere nosso direito de escolha e se for aprovada e surtir algum efeito este não será a longo prazo. Espero que os produtores e nossos representantes consigam enxergar o verdadeiro problema e que tomem as medidas necessárias antes que o tiro saia pela culatra. Já imaginou quando não apenas os restaurantes, mas também uma grande rede de supermercados resolver tirar o vinho nacional das prateleiras?

sábado, 31 de março de 2012

Merlot

Seguidores de Baco,

Gosto sempre de estar provando vinhos novos e confesso que não era muito fã da casta francesa Merlot... mas isso já faz parte do passado. Tenho provado ultimamente alguns merlots e minha opinião mudou definitivamente.
Na verdade quanto mais você vai provando e estudando sobre um assunto tão longevo como o de vinhos mais sua percepção e seu conhecimento aumentam, assim como sua capacidade de julgar a qualidade de um vinho mesmo que você não seja muito fã de seu estilo. Pois é a casta em questão vem me surpreendendo ... usada muitas vezes em cortes com a cabernet sauvignon para amanteiga-la como gosto de dizer. Na verdade a Cabernet é muito potente ... em corpo e tanino e a Merlot adiciona a esta um corpo a mais, além de um frutado intenso... normalmente com esse casamento o vinho se torna mais redondo ficando pronto para beber sem aquela explosão de taninos causadas pela cabernet. Esse corte normalmente é usado para os grandes vinhos de Bordeaux junto com outras castas francesas como a Cabernet Franc, Petit Verdot, Caménère e Malbec.
Outra boa coisa é que o Brasil está a produzir excelentes Merlots. Tive a oportunidade outro dia de provar o  Desejo da Salton 2006 e mostrou-se fenomenal, um vinho encorpado e apesar de estar já com 6 anos tinha muita fruta e ainda um potencial pequeno de guarda, talvez dois anos penso eu. Vale muito provar. R$75,00.

Outro vinho que tomei foi o Marquês de Casa Concha Merlot 2009 e digo que esse exemplar Chileno de certo modo me decepcionou, continuo fã do mesmo vinho Cabernet que quando provei estava em excelente forma, mas o Merlot apesar de ter certa complexidade e bastante fruta, sobrava em álcool. Talvez com mais um tempinho de guarda ele se integrasse ... infelizmente não fui feliz. R$100,00

E para finalizar vou falar de outro Merlot que estou tomando hoje o Cuisino Macul Don Luis  - Merlot 2010. Outro exemplar do qual já conhecia o Cabernet Antiguas Reservas que é um patamar acima. Esse vinho mostrou-se encorpado com muita fruta preta e um certo toque de madeira abaunilhado com o álcool bem integrado. Um bom vinho e pronto para beber ... tem boa acidez que não o torna chato e os taninos estão presentes porém amaciados. Um vinho com excelente custo X benefício. Custa em torno de R$30,00.

domingo, 18 de março de 2012

Queijo e Vinho... Branco... Rosé...Tinto ou Licoroso?



Queijo e Vinho.... protagonistas de uma moda sem limites...  ultimamente deu uma esfriada... mas ainda a maioria das pessoas os considera uma combinação instantânea por assim dizer... isso não é errado ... o problema é achar que todo queijo combina com todo vinho TINTO... na verdade não é bem assim. 
Os queijos assim como os vinhos possuem inúmeras variações de sabor, textura, intensidade, acidez. 
Por isso os diversos tipos de queijo irão combinar com os diversos tipos de vinhos. 
Vou colocar aqui algumas dicas de harmonização:
  1. Queijos delicados e frescos como os queijos brancos em geral, combinariam com qual vinho? Vinhos tintos encorpados irão destoar... combine com brancos leves. Uma boa pedida é queijo de cabra e Sauvignon Blanc.
  2. Queijos mais firmes e cremosos com gordura acentuada, como o Brie e o Camembert, Queijo da Serra da Estrela... não cairiam bem com vinhos muito delicados. Precisam de mais corpo, mas não muito.... Uma boa dica seria combinar com vinhos da uva Chardonnay  que são mais encorpados, um rosé... ou até mesmo um tinto leve como o Pinot Noir.
  3. Queijos granulosos: Parmigiano ou Pecorino.... nunca ouviu falar desses queijos? Então lembre-se do nosso popular queijo Parmesão... mas não o ralado... o inteiro...são duros e cheios de sabor. As características então ficam próximas das características dos vinhos tintos. Prove com um Barolo ou Chianti...Quem sabe com um Bordeaux... Isso custa caro ... eu sei... não quer ou não pode gastar tanto? Então compre um belo pedaço de parmesão e umedeça com o Chianti do Club des Sommeliers... como já havia dito são vinhos corretos e bem acessíveis que encontramos no Pão de Açúcar.
  4. Queijos firmes: Minas Curado, Gruyère, Emmental, Cheddar ( o verdadeiro... não aquela pasta), o nosso queijo do Reino. Eles são encorpados, gordurosos... saborosos. Para acompanhar tudo isso precisamos de mais corpo no vinho... que pode ser um branco encorpado da Borgonha ou um tinto frutado do novo mundo como o nosso Merlot.
  5. Finalizando temos os queijos de veio-azul: Gorgonzola, Roquefort, Stilton são os mais exclusivos. Sabor intenso com muitas variações picantes, salgadas e até doces. Precisam de bom corpo, doçura e acidez. Vá com vinho do Porto e Sauternes.
Espero que com essas dicas você possa desfrutar melhor tantos os vinhos quanto os queijos. Lembrando que o que vale mesmo é seu gosto pessoal e que experimentar novas combinações sempre é preciso. Mas da próxima vez que for comer aquele velho fondue de queijo... que tal provar acompanhado de um Chardonnay ou quem sabe até um branco da Borgonha hein?

"O vinho é a única obra de arte que se pode beber" - Luis Fernández Olaverri - comerciante de vinhos.


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Bebendo História!!!!

Seguidores de Baco,

Hoje irei dividir com vocês um momento muito especial para mim que sou um amante inveterado do vinho... Há muito tempo vinha procurando pela produção limitada do vinho Português - Paulo Laureano Tradições Antigas em talha de barro de 750 ml.  Este vinho é uma edição especial feita por encomenda da Adega Alentejana sendo 2400 garrafas e apenas 600 talhas de barro. Cheio de pormenores na fabricação... no mínimo é um vinho extremamente original.
Trata-se realmente de um vinho histórico , a produção de vinhos em talha, grandes ânforas de barro, remonta à civilização romana. Portugal, assim como a Península Ibérica, foi ocupado pelos romanos durante longos anos. A fabricação dos vinhos em talha se manteve em sua essência durante grande período, assumindo determinante importância na forma de produção do vinho no Alentejo nos séculos XVIII e XIX. Após a revolução da vitivinicultura Alentejana no século XX, praticamente os vinhos de talha desapareceram, com exceção de pequenas adegas em Borba e na região de Vila dos Frades. Essa região encontra-se junto à histórica região da Vidigueira, lado a lado com um dos centros arqueológicos, S. Cucufate, testemunho da presença romana na Península Ibérica,  que pode ser visitado atualmente.






A Paulo Laureano Vinus na Vinícola de Monte Novo de Lisboa, onde existem 14 ânforas de uma coleção de talhas do século XIX, aderiu ao espírito cultural de preservação e desenhou para o Brasil um exclusivo vinho em talha construído de forma quase integral como se estivéssemos na época dos Césares.

Detalhes da fabricação:
Para este vinho foram escolhidas vinhas velhas autóctones (naturais do território) portuguesas: Aragonês, Trincadeira, Alfrocheiro, Tinta Grossa e Alicant Bouschet que foram desengaçadas de forma tradicional no ripanso (velha peça em madeira que serve para desengaçar e esmagar as uvas de forma manual).
Depois de colocadas em duas talhas, as uvas fermentaram por oito dias com vários recalques ( rebaixamento das partes sólidas para o interior do mosto em fermentação) com cruzetas de madeira para uma boa extração de cor e taninos.
Finalizada a fermentação, o vinho foi deixado para clarificar naturalmente através do depósito de todos os sólidos no fundo da talha. Então o vinho fermentado foi retirado passando pelas partes sólidas (cascas, sementes e engaços) e filtrado.
Após isso passou por um período de alguns meses em cubas de inox para ganhar refinamento aromático e de estrutura e finalmente foi transferido enchendo 2400 garrafas e apenas 600 talhas de barros das quais uma é minha!!!!!

Para esse vinho dispenso as especificações técnicas e deixo só o registro de que você está bebendo história!




"Porque o vinho não vai para as garrafas sozinho." Paulo Laureano.





terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Homem VS Vinho


Os homens podem e devem ser comparados aos vinhos. Os dois possuem uma história longa e verdadeiras características em comum.
Os vinhos têm vida e, como os homens, uns melhoram com o passar dos anos e outros não.
Os vinhos possuem características relacionadas ao seu tipo: brancos, roses e tintos, doces, licorosos... etc... os homens possuem raças diferentes: brancos, negros e asiáticos, caboclos, mulatos ... etc...
Os vinhos são influenciados pelo “Terroir”, ou seja, pelo clima, terreno, a maneira que são produzidos, a presença do enólogo.. nós homens também sofremos grandes influências do que nos envolve... De onde nascemos da cultura e educação que recebemos... Isso tudo irá definir nosso caráter e personalidade, assim como acontece com os vinhos.
Nós homens já sofremos com doenças e pragas que quase acabaram conosco... Assim como os vinhos sofreram com a filoxera.
Quando jovens normalmente somos mais enérgicos, explosivos, possuímos algumas características que são facilmente detectáveis. Com o passar dos anos nos adaptamos, ficamos mais calmos, não temos mais aquela euforia e vivacidade, mas ganhamos cultura e equilíbrio, nos tornamos mais serenos e complexos com qualidades e defeitos que antes não eram percebidos... Os vinhos também.
Os vinhos, se bem armazenados, mantidos em temperatura correta, e se já possuem um bom DNA podem durar muitos anos... Nós homens, se cuidarmos do nosso corpo e mente, se em nossa família tivermos pessoas que vivem por muitos anos também tenderemos a viver mais.
Muitas vezes os vinhos são julgados por sua roupagem: garrafa, preço, marca, se têm um rótulo bonito... Isso também é real para os homens, muitas vezes somos julgados por nossa aparência... Em ambos os casos nem sempre o que está por fora corresponde ao conteúdo.
Por fim, nós homens somos muito diferentes uns dos outros, temos personalidades diferentes: calmos e serenos, nervosos e ranzinzas, magros e altos, gordos e baixos... Os vinhos podem ser, por exemplo, um Pinot Noir: leve e elegante, um Cabernet: potente e encorpado ou ser vivo e sedutor como um Champagne.
O importante é sabermos respeitar as diferenças tanto nos vinhos quanto nos homens... Todos possuem seu lugar...
Então que possamos manter nossas cabeças abertas e enterrarmos nossos preconceitos. Vida longa a nós homens e aos vinhos!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Torre Muga 2005 - Rioja

Seguidores de Baco,

Ontem eu e minha esposa tivemos o enorme prazer de desfrutar da companhia dos meus queridos Eduardo e Natália. Para vocês que não conhecem Eduardo... ele é uma daquelas figuras que conversa com todo mundo e logo faz amizade... mas voltando ao nosso passeio  fomos ao Club Du Vin na intenção apenas de jantar, bater um papo e tomar um vinho, chegando lá fomos muito bem recebidos pelo garçom Fábio que desenvolve um belo serviço e entende bastante de vinhos e que já é amigo do Dudu e que espero que venha se tornar meu amigo também. Tínhamos escolhido um leve Pinot Noir para acompanhar a entrada e já estávamos em discussão de qual seria o vinho ideal para acompanhar a maravilhosa paleta de cordeiro confitada com batatas assadas e molho de rapadura ao poivre que é uma obra de arte criada por Hugo Prouvot (No final foi mais uma grande indicação do amigo Fábio ... um excelente cabernet Argentino... que citarei em outro post.)... eis que me chega o Fábio com duas taças cedidas por uma mesa presente no local que devia ser formada por grandes apreciadores de vinhos... e supresa... era o excelentíssimo Torre Muga 2005!! Néctar dos Deuses.... simplesmente mais uma grande obra de arte!


Torre Muga 2005:


Aparência: Límpido, Intensidade Profunda, Rubi Intenso.

Nariz: Limpo, Intensidade Profunda,  Frutas Negras: ameixa preta , mas tem um toque de cereja - couro - madeira, tabaco.

Boca: Seco, Acidez controlada, Encorpado - muito denso/complexo - Caramelo, Frutas, Especiarias, Persistência: Alta.

Conclusão: Excelente / Vinho que precisa decantar ai por 2 horas e ainda se desenvolve na taça... muito complexo, cheio de aromas que vão evoluindo... na boca é extremamente encorpado, equilibrado, sedoso. Está pronto para ser bebido ... não agride ... mas pode-se guardar ainda por uns 12 anos.. só deve evoluir.

Prêmios: 94 pts. Robert Parker ; 92 pts. Wine Spectator.

Preço: R$340,00.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Les Hauts de Janeil Rosé de Syrah - Domaines François Lurton

Seguidores de Baco,

Se você também já foi cheio de preconceitos quanto ao vinho Rosé, faça como eu e e pare de vez com isso. Abrir a cabeça e o coração só lhe fará bem e ainda lhe trará um enorme prazer. Sabe aquela história verídica de que cada panela tem sua tampa? Pois é...se aplica direitinho neste caso. Nada como se informar, abrir a mente e curtir um belo casamento. O casamento em questão é do vinho Les Hauts de Janeil Rosé de Syrah - Domaines François Lurton, acompanhado de um belo e bom carpaccio, essa combinação foi indicação do meu mestre de vinhos no WSET 1 e 2, Eugenio Echeverria e só posso dizer que caiu como uma luva. Você também deve prová-lo na beira da piscina, o vinho é fresco e saboroso e nesse calor deve ficar o MUST!




Les Hauts de Janeil Rosé de Syrah - Domaines François Lurton:


Aparência: Límpido, Intensidade Média, Rosa Salmão

Nariz: Límpido, Intensidade Média, Frutas Vermelhas - Morango

Boca: Seco, Média Acidez,  Corpo Ligeiro, Frutas Vermelhas - Morango, Persistência Média.

Conclusão: Muito Bom - Leve , saboroso e refrescante

Prêmios:  Gula - melhores vinhos de 2008

Preço: R$44,00

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Château Kefraya 2007

Seguidores de Baco,

Hoje vou falar de um dos melhores exemplares de vinho que já experimentei. Trata-se de um vinho libanês com um imenso caráter francês, aliás quase todas as  uvas produzidas no vale do Bekaa são de origem francesa: Cabernet, Syrah, Mourvèdre, Grenache, Carignan, Cinsault, Sauvignon Blanc, Ugni Blanc... a única não francesa é a espanhola Tempranillo.
O vinho de corte: Cabernet, Mourvèdre, Carignan e Grenache mostrou-se diferente de tudo que já havia tomado ... com um extremo terroso muito agradável na boca e no nariz, tem um excelente corpo e perfeito equilíbrio... realmente é um daqueles vinhos que não se esquece jamais.



Château Kefraya 2007:

Aparência: Límpido, Intensidade Profunda, Rubi Intenso

Nariz: Limpo, Pronunciado: frutas vermelhas, especiarias, minerais - terra/terroso

Boca: Seco, Alta Acidez, Taninos Potentes e Elegantes, Encorpado

Conclusão: Excelente, tem saúde para guarda de mais uns 10 anos. Corpo e Elegância com uma caracterísca terrosa/mineral bem particular.

Prêmios: Wine Enthusiast - 91 pontos (1997) / Prazeres da Mesa - 3 estrelas ( 2000 e 2001)

Preço: R$143,00 - Vale tudo o que se paga!
 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

4 Estaciones Vernus Blend!

Seguidores de Baco,

Depois de uma parada estratégica para me dedicar aos cursos de nível um e dois da Wine e Spirit Education Trust, do qual ainda não possuo o resultado pois as provas são enviadas a Inglaterra para correção (muito chique né!!), fico aqui sofrendo por antecipação.
Mas voltemos aos trabalhos... e para hoje escolhi o vinho Vernus da gigante Santa Helena do Chile, aquela mesma produtora do Santa Helena Reservado que você vê nas gôndolas dos supermercados. O Vernus possui um rótulo muito bonito que sempre me chamou a atenção e eu mesmo não sabia que era da Santa Helena. O vinho é composto por um Blend de Cabernet, Merlot, Petit Verdot e a Carmenère que substitui a Cabernet Franc no típico corte Bordalês.

Vamos agora à prova do vinho:

Aparência - Límpido; Intensidade Profunda ; Púrpura Intenso

Nariz - Limpo; pronunciado; frutas negras: ameixa preta, um pouco de madeira com um toque mentolado.

Boca - seco; alta acidez; taninos altos mas trabalhados; encorpado

Conclusão - muito bom; na minha opinião a madeira ainda está em processo de interação com o vinho em si, mas tem um excelente corpo: enche a boca e tende a melhorar com a guarda.

Preço - R$60,00 - Excelente custo X benefício.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Club des Sommeliers - Pão de Açúcar

Seguidores de Baco,

O grupo Pão de Açúcar com certeza hoje possui a rede de supermercados mais diferenciada em relação a vinhos, é o único supermercado em nosso estado que possui uma área bem legal para vinhos e as vezes até a presença de um especialista para nos auxiliar na escolha. Essa abordagem faz toda a diferença... em 2008 foi constatado que é o líder de vendas de vinhos no Brasil com 45,9% do market share. Além disso o grupo trouxe uma marca exclusiva a "Club des Sommeliers" . Club des Sommeliers oferece vinhos de grande qualidade e excelentes para o dia a dia,  para quem quer conhecer vinhos de diferentes lugares o Club  pode tornar-se um grande amigo, já que possui uma enorme variedade de rótulos de diversas regiões e até vinhos da mesma casta  feitos em diferentes localizações, o que permite a pessoa interessada em conhecer como uma variedade pode mudar suas características ao trocar de lugar e clima e a forma com que é feito = TERROIR... e tudo isso sem gastar muito. Todos os vinhos que provei tem uma média de preço de 20 a 30 reais e valem cada centavo. Vou indicar agora minhas preferências nesse Club, como sempre para começar os portugueses do Dão e do Douro e o Vinho Verde, o Shiraz australiano que conseguiu uma boa avaliação de 88 pontos pela revista Adega, o italiano da região de Chianti, o Carmenere chileno e para finalizar o vinho nacional produzido pela Miolo da uva Cabernet Sauvignon Reserva safra 2007 e engarrafado em 2009 em homenagem ao ano da França no Brasil com tiragem de apenas 3700 garrafas e com um rótulo de cair o queixo!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Clos de Torribas 2007

Seguidores de Baco,

Tempo atrás tomei um vinho Espanhol que não vale aqui ser citado, seguindo minha filosofia que vinho ruim não deve ser divulgado e sim escondido. Hoje estava bem humorado e resolvi dar uma nova chance aos espanhóis. Fui ao Pão de Açúcar e comprei uma garrafa de Clos de Torribas 2007 - Crianza. Para quem não sabe crianza é uma denominação espanhola para vinhos envelhecidos por pelo menos dois anos.O vinho que escolhi passa 12 meses descansando em barril e outros 12 em garrafa. O vinho é produzido em Pènedes e segundo a Wine Spectator o vinho esta na lista dos top 100 best buy e é formado por um corte de 10% Cabernet e 90% Tempranillo. O vinho é bem equilibrado e sem aquela presença de álcool , tem aroma de morango não muito forte e um quê de canela, lágrimas rápidas que é uma característica de um crianza, não tem muito corpo mas tem um  bom retrogosto ( é o tempo que você fica com a sensação do vinho na boca após bebê-lo), enfim um vinho que vale muito e realmente é um achado por R$30,00. Fica a vontade agora de provar o Clos de Torribas reserva... assim que provar posto minhas impressões aqui. Um abraço.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Wine e Spirit Education Trust - The Wine School

Seguidores de Baco,




Atualmente me dedicando ao meu trabalho no restaurante O Pátio Café e Cozinha ( http://www.opatiocafe.com.br/ ), juntamente com minha Pós-Graduação em Especialização em Gestão em Gastronomia pela Faculdade Senac/PE (http://www.faculdadesenacpe.edu.br/ ), resolvi encarar outro desafio e tornar  minha paixão pelo mundo do vinho, que era somente um "Hobbie" em algo profissional.
Para isso escolhi a The Wine School ( http://www.thewineschool.com.br/ ), representante exclusiva da Wine e Spirit Education e Trust - WSET ( http://www.wsetglobal.com/ ) no Brasil. Para quem não sabe a WSET, tem 42 anos de experiência mundial, desenvolvendo e ministrando programas educativos no segmento de vinhos, licores e destilados. É uma entidade sem fins lucrativos e a única reconhecida pelo governo britânico para administrar cursos com certificação oficial para pessoas interessadas em trabalhar nessa indústria.
Para começar sigo para São Paulo no dia 27 desse mês onde cursarei o WSET Nível 1 - Curso Introdutório em Vinhos e o WSET Nível 2 - Curso Intermediário em Vinhos, Licores e Destilados.
Se tudo ocorrer como o planejado sigo em junho para Bento Gonçalves onde ocorrerá o WSET Nível 3 - Curso Superior em Vinhos, Licores e Destilados.

Enfim... venho me dedicando bastante e espero conseguir concretizar essas etapas e que esses cursos possam dar o respaldo profissional que estou à procura.

Torçam por mim!!!